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Tudo começou como um site de namoro há 13 anos. O que hoje conhecemos como o YouTube surgiu como um espaço para homens e mulheres compartilharem vídeos contando quem eram e o que buscavam no amor. Seus criadores, Steve Chen, Chad Hurley e Jawed Karim, registraram o nome do portal no Dia de São Valentim, o dia dos namorados em diversos países do mundo, em 2005. Em 23 de abril daquele ano, Karim publicou o primeiro vídeo do YouTube, intitulado "Eu no zoológico", um clipe de meros 18 segundos que não era nada romântico. "Bem, estamos aqui, em frente aos elefantes. O legal desses caras é que eles têm trombas muito, muito, muito grandes. Isso é legal. E é basicamente o que tenho a dizer." Não levou muito tempo para que os rapazes vissem que sua ideia havia sido um fracasso. Mas nem tudo estava perdido. Eles se deram conta que tinham em mãos uma plataforma valiosa em uma época em que publicar vídeos caseiros na internet começava a decolar. Nesse momento, o trio resolveu acabar com o lado romântico do negócio e aceitar qualquer tipo de vídeo no portal, explicou Chen há alguns anos em uma conferência no Texas. E isso se provou um grande acerto. Um ano depois, em outubro de 2006, os três fecharam o negócio de suas vidas ao vender o site para o Google por US$ 1,65 bilhão (à época, o equivalente a R$ 3,55 bilhões). Hoje, o YouTube tem mais de 1 bilhão de usuários em 88 países e 76 idiomas, segundo o Google. A chegada ao Vale do Silício Os três cofundadores do YouTube não têm origens em comum, mas seus caminhos se cruzaram ao sair da universidade. Chen nasceu em 1978 em Taiwan. Quando era adolescente, se mudou com a família para os Estados Unidos, onde se formou na Universidade de Illinois. Karim também é imigrante. Nasceu em 1979 na então Alemanha Oriental e chegou com a família aos Estados Unidos no início da década de 1990, onde estudou na mesma universidade de Chen. Hurley nasceu no Estado da Pensilvânia em 1977 e estudou na Universidade de Indiana. O trio se conheceu em 1999 em seu primeiro dia como funcionários do site de pagamentos PayPal no Vale do Silício, na Califórnia. Como engenheiros, Chen ajudou a desenvolver o serviço, enquanto Karim trabalhou no seu sistema antifraudes. Hurley, formado em Belas Artes, colaborou com o desenho da interface de uso do portal. Em 2005, eles criaram a primeira versão do YouTube. Novos negócios Os três continuaram como executivos do YouTube após a venda, mas, com o passar dos anos, saíram da empresa para empreender novamente. Chen e Hurley se uniram em 2011 para fundar a AVOS Systems, uma empresa que ajuda a desenvolver aplicativos para celulares e serviços online. Também se envolveram novamente no mercado de vídeos com dois programas, o Mixbit, que facilita a edição de clipes, e o Wanpai, para compartilhar vídeos curtos. Também estiveram à frente, entre 2011 e 2014, da plataforma Delicious, um dos serviços pioneiros para salvar e gerenciar links, mas que já não existe mais. Chen ainda faz parte da Google Ventures, um braço da Alphabet, a matriz do Google, dedicada a investimentos em novos negócios. Ele já atuou como consultor para diversas companhias, segundo a Bloomberg. Hurley também integrou a Google Ventures, mas deixou a companhia. Atualmente, segue na AVOS como diretor-executivo. Seus negócios se expandiram para a área de esportes, e ele se tornou membro da diretoria da equipe de basquete Golden State Warriors e um dos donos do time de futebol Los Angeles FC. O discreto Jawed Karim Apesar de ser o primeiro rosto que apareceu no YouTube, Karim mantém um perfil bem mais discreto em seus negócios, sem muitas aparições públicas. Depois de participar do conselho do YouTube, ele criou em 2008 sua própria empresa, a Youniversity Ventures, para ajudar universitários a tirar suas ideias de negócios do papel. Atualmente, é conselheiro da TokBox, empresa dona da plataforma de vídeos e mensagens OpenTok. Também é sócio do fundo Sequoia Capital, que teve entre seus clientes o próprio YouTube em 2005 e que já investiu em empresas como Google, Apple, Yahoo!, LinkedIn, Cisco, Airbnb e Atari.
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O pensamento é de Monteiro Lobato, que evitava usar os adjetivos de forma exagerada. No livro A barca de Gleyre, o escritor afirmou que eles vão 'abundando progressivamente à proporção que descemos a escala dos valores'.
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Tradutora e biógrafa de Chekhov, a acadêmica inglesa Rosamund Bartlett nem sequer pestanejou quando seu agente lhe perguntou há oito anos, ao concluir a biografia do autor de As Três Irmãs, qual seria seu objeto de estudo seguinte. “Tolstoi”, respondeu a acadêmica, especializada em literatura russa e conhecida no meio musical por seus estudos sobre Shostakovich. Lançada há três anos na Inglaterra, para marcar o centenário de morte do escritor, Tolstoi - a Biografia chega agora ao mercado brasileiro pela Editora Globo. É um monumental estudo sobre as contradições de um autor não menos grandioso, um gigante que, em sua definição, “queria ser maior que a vida”. E foi. A influência de Tolstoi, diz a pesquisadora, por telefone, de Londres, volta a ser sentida um século após sua morte no resgate de um certo cristianismo primitivo – ao qual a Igreja Católica se dedica – e nas manifestações antibélicas que pipocam num mundo bárbaro e militarizado. Pacifista, ele foi a grande influência de Gandhi e mentor de sua filosofia de não violência, lembra a biógrafa, destacando o papel do autor de Guerra e Paz como educador, um homem que abriu mão de sua origem aristocrática para ensinar seus servos analfabetos quando isso era impensável na Rússia czarista – ainda que tenha abusado sexualmente deles em sua “senzala” de Iásnaia Poliana, propriedade rural da família, onde mantinha 300 criados, satisfazendo na cama seus desejos interclassistas. O senhor das terras Tolstoi não era do tipo que levava a luta de classes para dentro de casa. Para isso, já bastavam as brigas com sua burguesa mulher Sófia Behrs (depois Tolstaya), retratada com maior simpatia na biografia de Bartlett que no best-seller A Última Estação (1990), do norte-americano Jay Parini, em que ela beira a histeria. Rosamund não leu o livro, mas viu o filme. “Há nele uma certa trivialização que distorce o conflituoso relacionamento que Tolstoi manteve até o fim da vida com a mulher”, observa a biógrafa, evocando as constantes brigas do casal por absoluta discordância ideológica. Ela, filha de um médico, pensava na herança dos filhos (eles tiveram 13, dos quais 8 chegaram à vida adulta). Ele, já seduzido pelos ideais socialistas e após renunciar ao título de conde, pensava nos camponeses e discípulos, em nome dos quais abria mão dos direitos autorais. Parini até aborda a questão, mas romantiza a relação. O nobre Tolstoi, filho de conde e princesa, já era vigiado pela polícia secreta do czar em sua Iásnaia Poliana, quando se casou com Sófia, em 1862, três anos após abrir a primeira escola para os filhos dos camponeses da região. Continuou perseguido 20 anos depois, após renunciar à fé ortodoxa e pedir clemência para os assassinos do czar Alexandre II, que vendeu para os americanos o Alasca (onde o tio de Tolstoi foi abandonado). Numa Rússia em turbulência pela morte do czar, acossada pela supressão dos direitos civis e a brutalidade policial, Tolstoi formou um verdadeiro exército de seguidores de sua filosofia – que cruza os quatro Evangelhos, o vegetarianismo, o pacifismo, o controle interno do corpo (ele, que teve uma vida dissoluta antes de sua conversão) e a desobediência ao poder constituído. Tolstoi foi excomungado pela Igreja Russa, que o tornou proscrito em 1901 – por “pregar fanaticamente contra o dogma ortodoxo”. Na verdade, ela tentava minar sua influência. A biógrafa concede bastante espaço ao papel de Tolstoi como líder da nação e aos ancestrais do escritor, associando, quando necessário, sua vida à obra. Ela não chega a dizer que Tolstoi era Anna Karenina de calças, mas há uma série de personagens que a biógrafa identifica no autor. “Há muito do Vronski de Anna Karenina e do Nekhlyudov de Ressurreição em sua personalidade, além de nítidas referências aos antepassados em seus romances”, diz, lembrando que Tolstoi, após sua conversão religiosa, em 1877, não apenas renunciou aos prazeres sensuais, ao fumo e à bebida, como adotou uma atitude confessional em seus livros, mais exatamente em Ressurreição, sua obra derradeira. Tolstoi usa como avatar Nekhlyudov, que, ao se tornar militar (e Tolstoi foi um deles na juventude), é corrompido e corrompe Katiusha, até o mea-culpa final, quando a segue até a Sibéria e se dá conta do sofrimento dos prisioneiros políticos. Esse movimento circular não indicaria um sujeito bipolar? “Não arriscaria um diagnóstico médico, pois não sou da área, mas, evidentemente, persistia nele um certo desequilíbrio, notável em gênios ou artistas como Nureyev, para os quais uma vida parece pouco diante de tudo o que aspiram”, diz Rosamund, que se dedica justamente a uma nova tradução inglesa de Anna Karenina, uma mulher além de seu tempo, na qual ela identifica alguns traços da personalidade de Tolstoi. “Há um forte elemento feminino que faz com que Tolstoi pense nas mulheres de maneira diferente de seus contemporâneos.” Gorki dizia que Tolstoi amava Chekhov, admirando o jeito delicado e feminino como o dramaturgo andava no parque. Bartlett insinua que a falta de confiança da mulher de Tolstoi em seu amigo e discípulo Chertkov não se restringia a questões políticas ou filosóficas. De fato, em seu diário, Sófia acusa Chertkov de ter tomado seu lugar no coração do marido, criticando a paixão senil do escritor e acusando-o ainda de escrever cartas secretas de amor ao discípulo. “Chertkov usou sua influência junto ao escritor para conseguir os direitos sua obra e, ao partir para o exílio, em 1897, um ano após ser criada a primeira colônia tolstoísta na Inglaterra, já pensava em fundar uma editora para publicar seus livros em inglês”. O discípulo voltaria para morrer em Moscou em 1936, quando foi aprovada a Constituição Soviética, dando poder aos camponeses, sonho de Tolstoi que virou um pesadelo: a ditadura stalinista. Notícias relacionadas
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A primeira impressão é a que fica, diz o célebre ditado. Vale para muitos aspectos da nossa vida e, também, para a redação
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Entre o sexto e o quarto século AC, um homem chamado Sidarta Gautama começou a virar a cabeça da população no leste da Índia, com sua profunda sabedoria espiritual. Ele recebeu o nome de “Buda”, que significa literalmente “o iluminado”, e até os dias de hoje, nos chegam muitos insights de seus ensinamentos.
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Por que se diz madre superiora, mas escola superior? Madre e escola são nomes femininos. Mas o segundo adjetivo é masculino.Vamos combinar? O superiora joga claro. Refere-se a madre. O superior brinca de esconde-esconde. Entre o nome e o adjetivo, está a locução “de nível”: escola (de nível) superior, instituição (de nível) superior, mercadoria (de nível) superior
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Origem remonta aos tempos em que era preciso cavalgar segurando um escudo e uma espada. O costume virou lei em 1835.
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Além do chocolate, alimentos doces são prejudiciais aos cães.
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