Esta parte do texto parece-me fundamental e relaciona-se com o anteriormente abordado, salvo erro, na primeira semana de aprendizagem deste curso. Relaciona-se diretamente com a necessidade crítica de ambientação dos estudantes aos ambientes digitais, salientando que a experiência prática da assincronia é fundamental para ultrapassar dificuldades iniciais. O excerto evidencia como a complexidade inerente às interações online pode causar confusão, desconforto ou mesmo ansiedade, especialmente em utilizadores pouco familiarizados com dinâmicas digitais síncronas e assíncronas.
Neste sentido, reforça-se a importância da emissão prévia de guias pedagógicos semanais (GPS) estruturantes (tal como indicado no artigo que nos foi oferecido a ler anteriormente), que orientem de forma explícita e detalhada os estudantes sobre como devem navegar e participar nestes contextos de ensino-aprendizagem. Estes guias devem indicar claramente quais são as expectativas relativamente à participação, ao ritmo de interação e ao tipo de contribuições esperadas, para que os estudantes se sintam seguros, orientados e capazes de gerir a sua aprendizagem de forma autónoma e eficaz no meio digital. A recomendação expressa no texto, para que o e-moderador realize periodicamente sínteses das mensagens (a cada 10 ou 20 intervenções), parece-me um exemplo prático e eficaz de orientação estruturante que facilita a compreensão e o acompanhamento dos conteúdos discutidos, mitigando dificuldades decorrentes da complexidade e da assincronia característica destes ambientes digitais. No entanto vou ao encontro daquilo que foi dito por um colega na sessão síncrona sobre populações de ensino muitos alargadas. Para o e-moderador - e a menos que possa utilizar atores de inteligência artificial para o ajudar neste contexto - será complexo gerir toda a informação gerada pela estudantes.
António Lista